sábado, 23 de julho de 2011

Gostei :)

Os olhos...

 
Tinha um jeito singular de fechar os olhos quando experimentava emoção bonita, coisa de segundos e coisa imensa. Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho, o suficiente para levá-lo até o lugar onde o seu sabor nunca mais poderia ser perdido.

Eu via, olhos do coração abertos, e nunca mais perdi de vista o sabor desse detalhe. Porque quem ama vê miudezas com olhar suficiente pra nunca mais se perderem.
 
                                                                                              (Ana Jácomo)
"Seja o que for, vou ter que falar de estrelas."

(Caio Fernando Abreu)

Assim estou...

Tô arrumando as gavetas,
mas sem pretensões de revirar o mundo...
Quero só encontrar a mim mesma no fundo do baú.
Mas não quero ser encontrada,
tô fugindo de esbarros, encontrões são dolorosos,
prefiro um dia de sol na área de casa, sozinha.
Tô ajeitando meus sonhos,
já quis ser astronauta, fazer gastronomia, escritora,
mas sem pretensões de ser cantora (só de banheiro),
me descobri historiadora e foi um bom sonho,
mas não me definiu, agora decidi por ser decoradora...
O que talvez explique essas arrumações.
Tô aceitando os meus defeitos,
e até reconhecendo, sem falsa modéstia, as minhas qualidades,
não me amei a primeira vista, nem na segunda ou terceira,
precisei me magoar para aprender que importo.
Tô costurando os meus rasgões,
o vento gelado não tem mais lugar no meu peito,
ora faço um bordado, em outra uma tela,
tô decorando minhas paredes com fotos e aquarelas...
Tô descobrindo minha força,
e aprendendo a dizer não, exercício difícil de fazer,
mas aprendi a olhar, não só como fotógrafa ou pintora,
mas como uma mulher de certas opiniões...
Tô aprendendo a me calar, se escuto me surpreendo,
mas externo os meus pontos de vista,
ainda que prefira os diálogos internos...
Tô vivendo e não brincando,
embora me divirta em viver,
no limite de um tempo em que recomeço,
aprendi que o melhor tempo é o que olho para dentro e sorrio...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Não se abandone...

Não deixe de acreditar. Mesmo quando a pessoa que você jurava ser fiel a você te der um golpe daqueles. Mesmo quando quem deveria te apoiar duvida da sua capacidade. Mesmo quando você der todos os indícios de que está mal e ninguém demonstre interesse no que se passa com você. Mesmo quando todas as suas tentativas de mudar o rumo de sua vida derem errado. Mesmo que você não saiba mais de onde tirar forças pra continuar. Mesmo quando nada parecer capaz de te fazer feliz de verdade. Mesmo quando a vida lhe parecer sem sentido. Mesmo quando você não conseguir enxergar um futuro no qual você queira estar. Ainda assim não deixe de acreditar, nunca. Não desista, é sua vida, é o seu caminho… tudo depende de você. É justamente quando tudo parece perdido que você precisa acreditar. Não se abandone, jamais.